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  • 10/10/2007
    Automat, 1927

    Um porre de Hopper na tela e na telona

    A cibervida pede cliques rápidos, conexões simultâneas. Tomar café enquanto se lê jornal, escrever e atender ao telefone, ouvir música e fazer um relatório. Um ritmo trance-robótico quase alucinógeno. Mas na contra-mão disso, há a solidão quieta e profunda dos que preferem a o silêncio como encontro consigo.

    Essa semana caiu nas minhas mãos um excelente artigo de José Meirelles Passos, correspondente do Jornal O Globo, sobre a obra de “Edward Hopper”, o americano que influenciou a cultura pop e é tido como o maior pintor realista dos EUA, no século XX. Os quadros de Hopper é o tempo parado, a “não-ação”. Os seus cenários são cafeterias, bares, restaurantes e outros lugares onde as pessoas estão solitárias, ou parecem compenetradas em si mesmas, sem conversarem entre si.

    Hopper disse: “Noventa por cento dos pintores são esquecidos dez minutos depois de sua morte”. Mas não foi o que aconteceu com sua obra, exposta na National Gallery of Art, em Washington, até 21 de jan. 2008.


    Seus trabalhos foram parar no cinema. Wim Wenders recriou “Nighthawks” (acima) como set para “O fim da violência” (1997): Olhando para um quadro de Hopper você pode sempre dizer onde está a câmera”. O mesmo quadro aumentou a carga noir futurista de “Blade Runner”, explica Ridley Scott: “Eu constantemente colocava uma reprodução da pintura sob o nariz da equipe de produção para ilustrar a aparência e atmosfera que eu buscava para o filme”.

    O mais interessante é que o próprio Hopper era fascinado por cinema: “Quando não me sinto num estado de ânimo para pintar, vou ao cinema todos os dias durante uma semana ou mais. Eu tomo um porre de cinema e aí reaparece a vontade de pintar, junto com várias idéias que os filmes me passaram”.

    É interessante como até os grandes gênios da arte se sentem esvaziados e procuram na própria arte a fonte para reativar a força motriz da criatividade. O cinema, a literatura e as artes plásticas coexistem, perpassam, se fundem. Uma pena que seja para o acesso de tão poucos aqui no Brasil, onde muitos “Ivos nunca viram a uva” ainda.


    Fonte: Imagem 1, Imagem 2

    Li Mendi

    5 Comments:

    At 12 de outubro de 2007 às 17:18, Blogger Kamen Rider said...

    Oi Li, passei aqui e gostei muito MESMO! ^_^

    Ainda hoje vou colocar o link pro blog de vocês.

    Um beijo carinhoso.

     
    At 13 de outubro de 2007 às 20:51, Anonymous Anônimo said...

    Li, Achei seu texto fabuloso. É um questionamento bastante apropriado sobre a importancia que um tipo de arte tem da outra e de como cada uma se completa. Achei demais o seu parágrafo final.

     
    At 15 de outubro de 2007 às 08:11, Blogger Iris de Oliveira said...

    Caríssimos,
    Foi com muita alegria que recebi o comentário de vocês no Ele Ela. Vou dar uma passada aqui com mais calma. Esse universo que vocês criaram merece muita atenção.

    Parabéns pelo trabalho.
    Grande Beijo.

    p.s.: estamos meio (se) parados, por isso não tá atualizado.

    Iris de Oliveira

     
    At 22 de julho de 2008 às 07:24, Anonymous Anônimo said...

    Parabéns!!! O blog de vcs tem cara de cinema. Acho ótimo ver a opinião e a visão de outros cinéfilos como eu!!! Parabéns, amei!1 Tmb tenho um blog, e fiquei impressionada com o de vcs, com uma visão diferente do meu.

     
    At 21 de junho de 2009 às 15:11, Blogger A Estrada Aberta said...

    Adorei o texto!
    Esta tela e toda a atmosfera que o Hopper conseguiu passar através dela me fascinam a muito tempo...

    Parabéns!
    Luciano

     

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